Autismo

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino.

A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA e encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível, pode levar a melhores resultados a longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral.

O autismo é uma condição de saúde (ou um transtorno) que traz problemas à forma com que uma pessoa se comunica socialmente durante a sua vida. Sua classificação pode ser feita em graus – o que é chamado tecnicamente de “níveis de autismo”.

Entre os principais sintomas que um autista pode apresentar, destaca-se a realização de movimentos e ações repetitivas, bem como conseguirem se concentrar em uma tarefa ou situação de maneira exagerada.

Além disso, alguns podem ter dificuldades na fala ou na expressão de sentimentos, mesmo com pessoas mais próximas como os pais. O autismo não é classificado como uma doença, mas uma forma distinta que seus portadores têm de se expressar, comunicar e até mesmo viver.

Ressalta-se que o tratamento oportuno com estimulação precoce deve ser preconizado em qualquer caso de suspeita de TEA ou desenvolvimento atípico da criança, independentemente de confirmação diagnóstica.

Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais. A interação entre esses fatores parecem estar relacionadas ao TEA, porém é importante ressaltar que “risco aumentado” não é o mesmo que causa fatores de risco ambientais. Os fatores ambientais podem aumentar ou diminuir o risco de TEA em pessoas geneticamente predispostas. Embora nenhum destes fatores pareça ter forte correlação com aumento e/ou diminuição dos riscos, a exposição a agentes químicos, deficiência de vitamina D e ácido fólico, uso de substâncias (como ácido valpróico) durante a gestação, prematuridade (com idade gestacional abaixo de 35 semanas), baixo peso ao nascer (< 2.500 g), gestações múltiplas, infecção materna durante a gravidez e idade parental avançada são considerados fatores contribuintes para o desenvolvimento do TEA.

Meu filho foi diagnosticado com TEA. O que devo fazer?

A conduta indicada vai depender da gravidade do transtorno e da idade da criança, assim como deve ser decidida junto aos pais e compartilhada com a escola.  

Quanto antes o tratamento for iniciado, melhor será o desenvolvimento e a qualidade de vida das pessoas com TEA.